sábado, 9 de janeiro de 2016

Sobre Livros: MARXISMO E A QUESTAO RACIAL, O: KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS FRENTE AO RACISMO E A ESCRAVIDAO







SOBRE O LIVRO:


MARXISMO E A QUESTAO RACIAL, O: KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS FRENTE AO RACISMO E A ESCRAVIDAO

MOORE, CARLOS



Karl Marx e Engels. Complicado falar dessas figuras históricas sem ser taxado de esquerdão ou reacionário caso discorde deles em algumas questões.

Carlos Moore, intelectual cubano de esquerda jogou no ventilador todo o odor do pensamento racista de Marx e Engels. São tantas as questões que ele ressalta que seria quase necessario escrever aqui ponto a ponto cada uma delas pra ser mais objetivo. Acho que vale ler o próprio. Infelizmente o livro hoje se encontra esgotado, mas soube segundo o tal do google que da pra ter acesso em pdf. Texto de importância ímpar sobretudo para os negros jovens que são levados a crer na boa vontade do barbudão alemão (ops desculpe o desrespeito com são Marx). Embora ele tenha escrito e teorizado coisas importantes sobre o nosso tempo a era do capital e seja uma figura que influenciou gerações e gerações da intelectualidade pelo mundo, vale ressaltar que Marx era sim racista e pra quem quiser pesquisar é só sentar e pesquisar um pouco que encontraremos muito sobre isso. Com ferramentas de tradução online dá até pra ter acesso direto a cartas dele em alemão que estão disponíveis pra busca caso queiram tirar as próprias conclusões.

Nunca acreditei muito na boa vontade do Tiozão alemão. Como pode tanta gente séria e honesta “passar pano” pra coisas tão bizarras. Veja a posição de Marx diante da escravidão norte-americana e sua posição diante da revolução haitiana. Primeira grande revolução do povo negro da diáspora. Trocando em miúdos ele tava de boa com a escravidão do povo negro e achava que tava tudo certo. No entando ele não gostava da opressão dos trabalhadores brancos Europeus. Nos pretin pode né!?A história alemã na segunda guerra explica boa parte desse olhar que vê o inferno no outro. Parafraseando aquele francês inteligentinho do Sartre.

Caso esteja com preguiça de ler vale ver “A Onda” filme alemão (Dennis Gansel, 2008). O filme explica como é fácil relativizar as coisas quando estamos inseridos num sistema que nos auxilia. O filme não fala de marxismo tampouco de racismo na perspectiva que estou evidenciando aqui, mas discute como é simples não ver o óbvio quando se é manipulado a crer que se está do lado “certo”. De qualquer forma é um bom filme. Fica a dica.

Voltando à questão... Como podemos entender as razões que fazem a esquerda “progressista” adiar tanto o debate sobre as questões que são importantes pra metade da população Brasileira? De boas nem vou aprofundar isso se não teria que escrever um livro e já tem muitos por ai fazendo um bom trabalho.

Acho que qualquer jovem negro deve conhecer onde se está pisando e se realmente vale fazer parte de grupos e instituições onde as questões da população negra está em segundo plano (as vezes nem isso). Quais os benefícios de fazer parte de grupos onde em nome da fraternidade universal, não se enxerga que o universo dos negros não é o universo dos brancos mesmo no Brasil da mistura. Olha o Freyre ai gente... Quando digo beneficio não é querer sair na vantagem. É se perguntar porque a luta negra sempre fica atrás da falácia que nosso problema é social e não racial. Por favor vejamos as estatísticas antes de cair nesse senso comum branco. Nunca conheci ninguém que tivesse lido mais do que uma orelha de livro que ainda acreditasse de verdade nesse discurso.





























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