quinta-feira, 28 de outubro de 2010

LDB



      Esquizofrenia na educação e LDB

        Muito se fala em educação pós LDB, mas a discussão à respeito das LDB´s não poderiam se dar sem o entendimento numa perspectiva histórica da formação do Brasil enquanto nação “letrada”. Pensando em termos de sistema educacional, também não há como deixar de salientar um dos lados mais incoerentes da nossa legislação que embora em teoria pareça justa abre brechas para o capital público bancar iniciativas privadas ainda que o publico, como almejam os neoliberais não possa interferir no livre mercado e a educação acaba sendo uma espécie de joguete nas mãos do interesse privado interesses esses que muitas vezes são bancados com dinheiro publico.
        A LDB da década de 90 fruto da abertura política dos anos 80  e constituição de 1988 após anos de governo militar sofreu diversas intervenções e substitutivos que abriram ainda que de forma indireta possibilidades de intervenção do interesse privado. A complexidade que envolve o publico e o privado no Brasil tanto em educação como em outras esferas da vida tupiniquim, mostra o quão uma democracia plena ainda está longe de ser exercida, pois num país onde os recursos gerados por muitos através de impostos são revertidos para os interesses de poucos com ou sem aval da legislação é no mínimo um contra-censo com o ideal de nação emancipada, autônoma, e até soberana.
    



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cegos e Caolhos .. Requintes de crueldade na educação brasileira.

Na Educação do Brasil existem dois tipos que se completam e se antagonizam: De um lado temos os Cegos, que são regidos e guiados pela opinião de outrem, ou seja, cegos porque são guiados pelo olhar de outros, conhecem pelo tato e fundamentam suas teorias e percepções no que outros viram, disseram, escreveram, perceberam, autenticaram... De outro lado temos os Caolhos, esses são os que não enxergam muito bem, mas não necessariamente dependem de uma bengala ou de um braço amigo que os ajude a atravessar a rua, os Caolhos enxergam, ainda que com distorções e dautonia...
Qual deles você é?

A educação no Brasil por conta dessa deficiencia que aflige a maioria dos profissionais de educação, que agem como cegos copiando e repetindo o formato desgastado e inútil de uma educação burra que serve para minorias e que ainda hoje privilegia quem pode mais, e depois agem como caolhos tentando adaptar os "segredos de sucessos do mundo dos vencedores" do capitalismo selvagem aos desnutridos da patria amada Brasilis. Esses caolhos às vezes são piores do que os cegos, porque os cegos realmente não enxergam então pra eles o Brasil tem a cor que é descrita, e a desigualdade não foi vista , logo não foi sentida, pois o que os olhos não vêm o coração não sente, mas os caolhos vêm , e não sentem.

Quando vamos olhar o Brasil com nossos olhos?

Marcos C. F. Barros Jr.

O texto intitulado "Cegos e caolhos", se trata de um texto hibrido; que mescla uma crônica dissertativa com um artigo de opinião.

 

Características de uma Crônica Dissertativa:

Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas" do que "racionais" (em vez de "segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil", seria "vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo"). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.
 

As CARACTERÍSTICAS do artigo de opinião são:
  • Contém um título polêmico ou provocador.
  • Expõe uma idéia ou ponto de vista sobre determinado assunto.
  • Apresenta três partes: exposição, interpretação e opinião.
  • Utiliza verbos predominantemente no presente.
  • Utiliza linguagem objetiva (3ª pessoa) ou subjetiva (1ª pessoa).

PROCEDIMENTOS ARGUMENTATIVOS DE UM ARTIGO DE OPINIÃO:

  • Relações de causa e consequência.
  • Comparações entre épocas e lugares.
  • Retrocesso por meio da narração de um fato.
  • Antecipação de uma possível crítica do leitor, construindo antecipadamente os contra-argumentos.
  • Estabelecimento de interlocução com o leitor.
  • Produção de afirmações radicais, de efeito.