quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Nós por nós

Voce que pensa que poesia ta no nome

Eu vim de onde quem tem pressa tem fome

Então olhe bem na minha cara e não confunda

Sabemos que os nossos se fazem pela conduta

Moral é pra quem tem..  Quem ta de fora sabe pouco

Chega bem devarinho porque somos o mundo todo

Milhares de favelados educados a  cassetete

Vai vendo que nesse enredo não tem alegoria ou prece

Quem jazz aqui na correnteza reza pra matar a fome

A gente sabe muito bem que arte não se come

Enquanto os fluxos dos pensamento vem e vão

Somos o levante que não teme a reação

Aos poucos, bem devagar, bem pouquinho, é isso mesmo não to rindo..

Num pequeno instante tudo se esvai sem ter por quê

È nesse passo que o descompasso nos ensina a viver

Viver de jeito, viver de escolha, viver de fé..

Do jeito que dá a gente pode, mas nem sempre né

Desse lugar que falo agora eu poderia me calar

Mas não nasci pra passar pano nem pra relaxar

Isso mesmo, nasci tenso, cabrero e não curto festa

To procurando saber porque que a gente ainda ta nessa

De galho em galho, de trampo em trampo, de bar em bar

De sol em sol, de vida em vida..

Nosso racismo de cada dia!




Nosso racismo é bem complexo atinge um grau de subjetividade que daria inveja até aos mais conspiracionistas do tema.

No caso, o racismo brasileiro se apresenta geralmente mascarado e emerge algumas vezes com sutileza e outras vezes de forma bem clara, como no futebol, onde a representatividade dos negros é significativa. Na questão que se refere ao mito da democracia racial no Brasil e seus anacrônicos e infundados discursos de que seria um problema social a situação dos negros no Brasil, e não um problema relacionado ao racismo. A música, o crime e o esporte são lugares frequentes e muito comuns para a representação do negro, como vemos na letra Negro Drama:

“Crime, futebol, música, caralho, Eu também, não consegui fugir disso ai, Eu sou mais um”.

  Nesse sentido diz o rap que a possível ascenção do negro estaria atrelada a esses três lugares. O rapper, acaba por assumir o papel de griot nessa sociedade contemporânea, poderia inclusive ser visto como um cronista sem jornal, já que nas periferias a música atinge muito mais pessoas do que a ideia impressa de um jornal. A ideia de que a a música, o crime e o futebol é o que destaca o negro de periferia não é exclusiva desse rap tampouco seria uma hipótese nova. No entanto há de se destacar que essa suposição acaba servindo de refêrencia para muitos jovens negros das periferias, pois esses três lugares acabam se tornando, guardadas as devidas proporções, as unicas referências de negros em destaque.

   A falta de negros em algumas posições na sociedade brasileira é um problema real. Pois a falta de referencial torna as possibilidades de ascenção menos paupáveis na tríade citada acima; futebol, crime e musica. Imaginemos que uma parte considerável de meninos negros e pobres de periferia querem ou já pensaram seriamente em ser jogador de futebol, músicos ou criminosos. Agora imaginemos os resultados reais dessas “escolhas” diante do que a sociedade pode ofertar.
    Diante desses problemas, penso que a falta de referência passa a ser um problema sério no que se refere a identidade ou percepção de negritude do povo brasileiro, sobretudo, os jovens negros de periferia que são os que mais sofrem com o nosso racismo de cada dia e com a falta de estrutura da nossa sociedade em lidar com o tema.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Leitura de Cinema Oficina.


Oficina de Leitura de Cinema

Oficina ministrada por Marcos C. F. Barros Junior
De 5 de Julho a 8 de agosto de 2012 no Auditório da FEBF

A proposta Leitura de cinema é uma oficina com duração de 1 mês com 2 encontros semanais que consistem basicamente em analise de "leitura" sobre um filme escolhido pelo grupo. A ideia central é uma percepção sobre os discursos implícitos em algumas obras cinematográficas e sua influencia no espectador.
Com as participações e auxílios dos alunos do curso de Pedagogia e Geografia.



Reflexão feita em  grupo sobre os vídeos:
Os gêneros digitais e a descoberta da autoria em textos acadêmicos - Júlio Araújo (UFC)
Identidade(s) docente(s) na era do letramento digital - Antonio Carlos Xavier (UFPE)

Trecho do filme: Narradores de Javé
O uso de novas tecnologias na interação entre aprendizagem,  aluno e professor.
Usar as ferramentas tecnológicas para auxiliar no desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem.
Interação das informações disponíveis com novas tecnologias.
Sustentação teórica na formatação de textos acadêmicos, analise dos mesmos e uso dos autores para fundamentar sua relevância  teórica durante a produção dos textos.
Discussão de como articular as idéias de forma que qualquer um possa entender; acadêmicos ou não, de forma que haja maior abrangência naquilo que se discute.
O uso do bom senso, lingüisticamente falando na hora de compor o texto. (termos técnicos)
O ambiente virtual colabora de forma mais efetiva para o entendimento de assuntos do que o ambiente das instituições de ensino. As interações virtuais “favorecem a construção coletiva do conhecimento”.

 “A tecnologização da sociedade”
A conseqüência da tecnologia na sociedade a tornaria mais complexa de modo que essa “necessidade da tecnologia” em nossas vidas acabaria e (acabou) com parte dos empregos e substituindo outros, ou seja, a sociedade é hoje a sociedade do conhecimento tecnológico.
As relações de trabalho se dariam mais por meio do conhecimento tecnológico.
O conhecimento tecnológico seria uma espécie de reformulação da era da escrita.
O ato de pesquisar e avaliar a própria pratica de ensino, seria imprescindível.
Nesse contexto;  “O sujeito”passa  a  ser consciente do seu espaço limitado de atuação.
E o educador deve estar “antenado” com as novas formas de auxiliar a aprendizagem, visando melhorar sua realidade, e ser autônomo e não autômato.

O trecho do filme que conta a história de uma pequena cidade que se vê em uma situação de possível desaparecimento com a construção de uma hidroeletrica que acabará com a cidade e seus lares. Os moradores tentam impedir tal acontecimento tentando criar um documento de feitos históricos da cidade que impediria em termos legislativos a inundação da cidade. O problema em questão é que os habitantes da cidade não sabem ler e escrever para poder redigir o documento.

O filme aborda a questão do letramento, ou a falta do mesmo como importante para a nossa vida em diversos aspectos, e traz uma discussão interessante a cerca do conhecimento letrado e não  letrado e a capacidade de passar adiante o conhecimento seja por meio da escrita ou da oralidade.



 Links:
http://www.youtube.com/watch?v=6afuJb7CUq0

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Afinadão na interiodidade


Afinadão na interioridade
Abro portas para dentro 
Alem do vão
Coração, ação, palavra, liberdade
Vivaz, audaz veloz na realidade
A luminosidade é ponto referencial
Desnudar-se ao mais profundo ideal
É ponte de ligação entre onirico e real
A mente é solavanco dia a dia
A poesia ameniza, mas nao realiza vai na brisa e segue
Porque de tanto inferno somos gelo
Sem cadencia, sem se preocupar se os fins justificam os meios.. vale a pena a dor e o desespero
Nós que estamos entre os planos
E os remansos dos que encantam
Seremos luz nas estrelas ou piche nas estradas.. vamos
Que atras de nós tem sempre mais malandros
A vida é foda, vida dói  
Teremos tantos a reivindicar, chorar, fuder, amar
Tantos.. que é nossa voz, a nossa paz e nosso taaamanho.. 
Somos poucos a pensar feito loucos e amanha seremos tantos a querer um mundo com menos prantos
Que talvez seja menos possível qualquer canto..

Afinadão na interiodidade


Afinadão na interioridade
Abro portas para dentro 
Alem do vão
Coração, ação, palavra, liberdade
Vivaz, audaz veloz na realidade
A luminosidade é ponto referencial
Desnudar-se ao mais profundo 
É ponte de ligação entre onírico e o real?
A mente é solavanco dia a dia
A poesia ameniza, mas não realiza 
Vai de brisa em brisa e segue... vuuummm
Porque de tanto inferno somos gelo
Sem cadência, sem se preocupar se os fins justificam os meios.. 
Vale a pena a dor e o desespero?
Nós que estamos entre os planos
E os remansos dos que encantam
Seremos luz nas estrelas ou piche nas estradas.. 
Vamos
Que atras de nós tem sempre mais do bando
A vida é foda, vida dói. Dessa vez sem reticências. Vida dói. Ponto.
Teremos tantos a reivindicar, chorar, fuder, amar... tres pontos... mais 3... mais um.
Tantos.. que é nossa voz, a nossa paz e nosso taaamanho.. 
Somos poucos a pensar feito loucos 
...e amanha seremos tantos a querer um mundo com menos prantos
Que talvez seja menos possível qualquer canto..

Talvez