quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Nós por nós

Voce que pensa que poesia ta no nome

Eu vim de onde quem tem pressa tem fome

Então olhe bem na minha cara e não confunda

Sabemos que os nossos se fazem pela conduta

Moral é pra quem tem..  Quem ta de fora sabe pouco

Chega bem devarinho porque somos o mundo todo

Milhares de favelados educados a  cassetete

Vai vendo que nesse enredo não tem alegoria ou prece

Quem jazz aqui na correnteza reza pra matar a fome

A gente sabe muito bem que arte não se come

Enquanto os fluxos dos pensamento vem e vão

Somos o levante que não teme a reação

Aos poucos, bem devagar, bem pouquinho, é isso mesmo não to rindo..

Num pequeno instante tudo se esvai sem ter por quê

È nesse passo que o descompasso nos ensina a viver

Viver de jeito, viver de escolha, viver de fé..

Do jeito que dá a gente pode, mas nem sempre né

Desse lugar que falo agora eu poderia me calar

Mas não nasci pra passar pano nem pra relaxar

Isso mesmo, nasci tenso, cabrero e não curto festa

To procurando saber porque que a gente ainda ta nessa

De galho em galho, de trampo em trampo, de bar em bar

De sol em sol, de vida em vida..

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