Voce que pensa que poesia ta no nome
Eu vim de onde quem tem pressa tem fome
Então olhe bem na minha cara e não confunda
Sabemos que os nossos se fazem pela conduta
Moral é pra quem tem.. Quem ta de fora sabe pouco
Chega bem devarinho porque somos o mundo todo
Milhares de favelados educados a cassetete
Vai vendo que nesse enredo não tem alegoria ou prece
Quem jazz aqui na correnteza reza pra matar a fome
A gente sabe muito bem que arte não se come
Enquanto os fluxos dos pensamento vem e vão
Somos o levante que não teme a reação
Aos poucos, bem devagar, bem pouquinho, é isso mesmo não to rindo..
Num pequeno instante tudo se esvai sem ter por quê
È nesse passo que o descompasso nos ensina a viver
Viver de jeito, viver de escolha, viver de fé..
Do jeito que dá a gente pode, mas nem sempre né
Desse lugar que falo agora eu poderia me calar
Mas não nasci pra passar pano nem pra relaxar
Isso mesmo, nasci tenso, cabrero e não curto festa
To procurando saber porque que a gente ainda ta nessa
De galho em galho, de trampo em trampo, de bar em bar
De sol em sol, de vida em vida..
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